Para Profissionais

9 erros que os profissionais mais cometem com dependência química

Raphael Mestres
Escrito por Raphael Mestres

Ele não queria se tratar.

Nada adiantava para aquele paciente.

Mentia para os profissionais.

Não dava a mínima para o sofrimento (e gastos) da sua família.

Desprezava os que o amavam e, sempre que tinha uma boa desculpa, ou melhor, qualquer desculpa, recaía.

Eles me procuraram depois de já terem passado por muitos profissionais.

Cada um falava uma coisa diferente e, quando chegaram no consultório, eles estavam perdidos e sem esperança, enquanto seu filho se afundava nas drogas.

Neste post eu vou te mostrar como o Marcos (pseudônimo) e sua família foram vítimas dos erros mais cometidos por profissionais no tratamento da dependência química.

Ao terminar, você vai descobrir o que fazer para se destacar trabalhando com dependência química e nunca mais cometer os erros que os profissionais pouco capacitados cometem.

Você vai sentir que é possível fazer a diferença para pacientes como o Marcos e sua família.

Cuidando para não cometer esses erros você estará na frente de 90% dos profissionais que atuam na área.

Erro 1: “O paciente tem que querer se tratar”

Errado!

Essa talvez seja a crença mais limitadora do profissional para o tratamento da dependência química.

Essa é a justificativa do “profissional padrão” que não sabe por onde começar se o paciente não estiver motivado para o tratamento.

Foi isso que os pais do Marcos ouviram algumas vezes:

“Seu filho não quer se tratar. Ele precisa querer para que se possa fazer alguma coisa!”

Mas não! Errado mesmo!

Tem muito a ser feito mesmo quando o paciente não quer se tratar!

Se a gente esperasse de braços cruzados o desejo espontâneo dos nossos pacientes se tratarem, com certeza teríamos deixado muitas famílias serem destruídas e estaríamos bastante frustrados com nosso trabalho.

Mas não é esse o caso!

A gente sabe que a própria doença faz o paciente não querer se tratar.

Que, até por uma questão cerebral, ele não tem condições de reconhecer sua necessidade de tratamento.

Que ele não quer tratamento, porque a crise está com a família.

Se o dependente tem autonomia, trabalha, tem seu dinheiro, sua casa etc. é outra história. Aí é óbvio que ele tem que querer. Mas sobre isso vou falar em outro momento.

Mas, se depende dos pais, mora com eles, tem suas contas pagas por eles e quer ter autonomia para usar drogas (como na maioria dos casos), aí tem muito a ser feito.

Nessas circunstâncias é até injusto que o profissional fale para os pais que não adianta fazer nada se ele não quiser se tratar.

A família tem muito mais poder sobre o rumo das coisas do ela imagina. E do que os profissionais imaginam.

A família só precisa descobrir isso.

E nós, como profissionais capacitados, não podemos cometer o erro de pensar que não há nada a fazer se o paciente não quiser. A família quer. Temos que orientar a família para que ela saiba o que fazer.

Ah, nos cursos de formação que estamos montando, vamos pegar firme na questão da intervenção com a família, pois essa é a porta de entrada para o tratamento! Se você se interessa por essa abordagem profissional, dá uma olhada nessa websérie “Terapia Familiar e Dependência Química: nos bastidores”.

A próxima frase talvez você até já tenha ouvido alguém falar…

Erro 2: “É muito difícil engajar o dependente na terapia”

A família do Marcos forçou ele para a terapia individual algumas vezes.

Com certeza os terapeutas que o atenderam tiveram essa dificuldade de engajá-lo.

Na verdade, um terapeuta especializado em dependência jamais teria aceitado atender o Marcos diretamente.

Aceitar já é um grande erro!

Claro! A demanda é da família, e não do Marcos. Ele AINDA não tem demanda para a terapia.

Por isso a terapia não funciona.

E a família espera que o profissional faça seu filho parar de usar drogas, mas ele não conseguirá fazer isso.

Se tentar, o resultado será FRUSTRAÇÃO! De todos os lados.

Como digo sempre: “quem faz o paciente parar de usar drogas é a família. Os profissionais o ajudam a passar pela crise da ausência da droga.”

Então, o processo começa com os pais do Marcos indo para atendimento, e não ele.

Após alguns atendimentos, seus pais conseguiram largar parte da crise na mão do filho, através de limites e combinados claros.

Encaminhei ele para uma avaliação com o Nicácio. (Porque profissional sério em tratamento de dependência trabalha em equipe.)

A essa altura do campeonato ele já tinha demanda.

Disse durante a primeira conversa: “fumar maconha está começando a custar caro para mim…”

Exatamente!

A família parou de pagar o preço e ele não estava acostumado com isso.

Surge a crise e, por consequência, a demanda para a terapia.

O trabalho com o Marcos a partir desse ponto foi muito bonito. Começou a lidar com algumas emoções que sempre anestesiou com drogas.

Estava engajado na terapia!

Nos cursos que estamos preparando, além das intervenções com família, vamos trabalhar muito para que os profissionais aprendam a acessar as questões emocionais que estão por baixo do uso de drogas.

A droga acaba sendo apenas um detalhe de todo o processo.

O que você precisa pra ter sucesso nessa área é ter um método, um modelo consistente pra lidar de forma muito profissional com todas essa variáveis.

A próxima frase surge do complexo de culpa e de uma interpretação muito errada que alguns profissionais têm.

Erro 3: “Droga! O paciente recaiu… onde foi que eu errei?”

Ver a recaída como um fracasso é um erro enorme!

“Ué, mas o objetivo do tratamento não é fazer ele parar de usar drogas? Logo, se ele recaiu foi um fracasso!”

Errado. E errado.

O objetivo do tratamento não é parar de usar drogas! E a recaída não é um fracasso!

A abstinência só se sustenta a longo prazo quando parar de usar drogas se torna a consequência de um processo de mudança.

Funciona assim:

  1. Levamos o sujeito a parar de usar drogas, através da família
  2. Damos todo o suporte para que sejam feitas as mudanças necessárias dos padrões antigos (tanto da família quanto do dependente)
  3. Trabalhamos para consolidar essas mudanças. Depois de  consolidadas, elas criam um estilo de vida e de relacionamentos incompatível com o consumo de drogas

Presta atenção nisso, pois parece simples falando dessa forma, mas não é nada fácil!

Começamos buscando a abstinência.

Atingido isso, PRECISAMOS trabalhar com mudanças nos padrões familiares e individuais. Se essas mudanças não acontecem é uma questão de tempo para a volta ao consumo.

E a recaída?!?

É até natural que haja recaída durante o processo de mudança. Afinal de contas, mudar padrões de relacionamento (com as pessoas, consigo mesmo, com a vida e com a droga) é algo demorado e difícil.

Assim, a recaída só é um problema se for mal administrada. Se a família não souber lidar com ela e se o dependente não tiver o imediato suporte para tirar um resultado dessa experiência, que é sempre dolorosa.

A recaída ensina muito para a família e para o dependente.

Não temos vergonha de contar. O Marcos teve algumas recaídas durante o tratamento dele.

E o resultado?

A família aprendeu a ter persistência nos combinados e paciência com o processo. Assimilou que não existe solução mágica e que o tratamento exige muita dedicação da família.

O Marcos aprendeu que não dá para “usar só um pouquinho”, pois ele perde o controle rapidamente.

Ambos aprenderam que podem (e devem) trabalhar juntos para a recuperação.

Aprenderam que a família não é uma mera espectadora do processo e que a recaída pode inclusive iniciar com um comportamento disfuncional da família.

Não é “vamos torcer para ele não recair!”, mas sim “vamos trabalhar para prevenir a recaída” e “caso ele recaia, sabemos exatamente o que fazer para não voltar à estaca zero e, então, tirar o maior proveito dessa experiência”.

Esse é o pensamento dos profissionais que têm resultados de verdade no tratamento de dependência.

Erro 4: “A família não se engaja no tratamento! O que fazer?!?”

Desistimos dela e focamos no dependente?

Errado! A princípio, pelo menos, errado.

Depois que a família internou o dependente ou conseguiu que ele parasse com o uso de outra forma, é muito fácil ela perder a motivação para o tratamento.

Afinal de contas, “o problema” da família foi resolvido.

Acontece que se a família tem a abstinência como meta, sem querer mudar várias outras coisas, a recuperação verdadeira é inviável.

Vai ficar no conhecido “vai e volta” de clínicas e profissionais. É doloroso.

Nunca desistimos da família, salvo em casos extremos, como quando a família é mais destrutiva que o dependente. Aí o trabalho é para que ele conquiste a autonomia e separação da família.

Vou te dar algumas dicas de estratégias possíveis para engajar a família.

Tem muitas outras formas bem eficientes, que a gente pode discutir em uma capacitação mais profunda, mas o que vou te passar aqui vale ouro.

Chamar o dependente para algumas sessões intercaladas com a família é uma das formas de manter o engajamento.

Quando a família ainda acha que o problema é o dependente, se ele não estiver junto, o atendimento familiar não vai fazer muito sentido para ela.

Vincular o atendimento do dependente ao atendimento familiar é outra possibilidade.

Foi isso que fizemos com o Marcos. O Nicácio deixou claro para a família que só atenderia ele se os pais estivessem em acompanhamento.

“Só atendo o filho de vocês se vocês estiverem em acompanhamento!”

Claro!

O profissional experiente sabe que atender ao filho sem que a família esteja em acompanhamento é frustração na certa.

É o que chamamos de “condições mínimas para realizar um bom trabalho”.

E não abrimos mão dessas condições, pois queremos fazer um bom trabalho.

Algumas instituições vinculam a permissão para visita ao paciente internado à presença nos grupos familiares. É uma forma também.

Mas tudo isso é temporário.

O grande desafio é que nesse período de contato com a família, o profissional consiga levar a família ao entendimento profundo da importância dela no processo.

Quando você consegue isso, não tem mais problema de engajamento da família no tratamento.

Ela entende que vai enfrentar o problema novamente no futuro se não resolver às questões familiares.

Erro 5: “Não precisa medicar, não é um caso tão grave assim”

Pensar ou falar uma coisa dessas acende uma luz vermelha!

Fique de olho! Se o profissional não é um psiquiatra especializado em dependência química, isso não está na sua alçada.

SEMPRE precisa de uma avaliação detida e adequada para verificar a necessidade de medicação.

A medicação cumpre duas funções no tratamento:

  1. Ajudar a controlar o desejo/compulsão pela droga
  2. Tratar os sintomas do problema de fundo, seja depressão, ansiedade, alucinações ou o que for

Pode ser que o paciente não precise de medicação, mas isso só o psiquiatra especializado pode dizer.

E não subestime a importância da medicação!

Quando você tem no seu time um bom psiquiatra especialista em dependência e você tem um modelo inteligente de tratamento, os resultados são impressionantes!

O consumo seguido de drogas gera mudanças no funcionamento e estrutura do cérebro, questões que a medicação ajuda a reequilibrar.

Já não é nada fácil para o sujeito parar de usar drogas. Deixá-lo sofrendo os reveses químicos da abstinência chega a ser cruel.

“Mas não faz sentido trocar uma droga pela outra”

O Marcos pensava assim. Aí é uma questão de manejo do profissional para que ele aceite a consulta com o psiquiatra.

Esse raciocínio é muito usado pelos pacientes e até por alguns profissionais desavisados.

Mas, para os desequilíbrios químicos que as drogas geraram no cérebro, nada mais justo que uma medicação química para auxiliar no reequilíbrio dele.

A gravidade de um quadro não é critério para a prescrição ou não de medicação.

Se houver alguma medicação que possa auxiliar na recuperação daquele quadro específico, independente da sua gravidade, é importante utilizar.

Em dependência química, precisamos sempre unir forças e recursos. O problema é muito sério para minimizarmos a necessidade de qualquer tipo de apoio.

O próximo ponto me deixa bem preocupado…

Erro 6: “Já tenho 20 anos de experiência com dependência química…”

Ah! E como ouvimos isso de profissionais querendo justificar que não precisam mais se capacitar.

Achar que o tempo de experiência trabalhando com dependência química elimina a necessidade de atualização teórica e técnica é um dos erros mais graves que um profissional pode cometer.

A Adictologia (pois é, esse é o nome da ciência que estuda a dependência química) é uma ciência-bebê.

Muitos dos precursores dos primeiros estudos e teorias sobre dependência química ainda estão trabalhando!

Isso quer dizer que as pesquisas e descobertas sobre o tema estão à todo vapor! A Adictologia está começando a ganhar corpo.

Nenhum tempo de experiência substitui a atualização teórica, imprescindível para se fazer um bom trabalho na área.

O próximo tópico é polêmico.

Erro 7: “Sou a favor da Redução de Danos”

Achar que existe a oposição Redução de Danos Vs. Abstinência

Tratamentos que colocam como pré-condição a abstinência no sentido “ou você para de usar ou não tem direito ao tratamento” não existem.

Os que existem deveriam ser radicalmente atualizados, pois estão contra todas as evidências científicas sobre tratamento.

Questões como humanização, acolhimento, respeito, autonomia são elementos essenciais em qualquer estratégia de intervenção.

Qualquer estratégia que não considere esses elementos está fadada ao fracasso.

Eles não são exclusividade das estratégias de Redução de Danos, como pensam os que cometem o erro de achar que existe essa oposição: RD vs. Abstinência.

O Marcos, durante um bom período da sua terapia não havia interrompido o consumo ainda.

Mas se ele não tivesse sido acolhido e respeitado durante esse período, seguramente não teria se engajado na terapia e o tratamento teria sido interrompido antes do tempo.

Isso não significa que o profissional seja conivente com o uso.

Isso, inclusive, foi uma das queixas dos pais sobre um dos profissionais anteriores por quem passaram.

“Ele falou pro Marcos que não tinha problema ele fumar maconha se fosse de forma controlada. Aí perdemos toda a autoridade sobre ele e ficamos de mãos atadas.”

Esse profissional era “a favor da redução de danos” em oposição a abstinência.

O erro que ele cometeu tem por trás o seguinte motivo:

Deixar que qualquer postura ideológica tenha prioridade sobre a análise técnica do caso e sobre a busca pela adequação à real necessidade do paciente e da sua família.

Portanto, não existe estratégia melhor que a outra.

E não existe oposição entre Redução de Danos e Abstinência. Existe a estratégia adequada para o paciente e seu contexto.

Para um determinado paciente e seu contexto, estratégias de Redução de Danos podem ser mais adequadas. Para outro em outro contexto, o internamento em um clínica fechada pode ser o mais adequado.

Chegamos novamente ao mesmo ponto: a capacitação é o antídoto para esse tipo de erro. E vamos trabalhar muito nos nossos cursos para que os profissionais saiam vacinados contra ele e saibam adotar critérios técnicos e humanos, antes de ideológicos.

E esse erro a seguir, você já ouviu?

Erro 8: “Medica ele escondido para ficar calmo e internar”

Acredite. Tem gente trabalhando com dependência química que faz esse tipo de orientação.

Os pais do Marcos chegaram a ouvir isso de um profissional em um período em que ele ficou agressivo com eles.

É um erro bem grosseiro, mas infelizmente ainda cometido.

Claro que existem situações em que é necessário contenção. Quando o paciente apresenta risco à própria vida ou à de outros, especialmente.

Mas a contenção química é a última das últimas opções e, quando chega a esse ponto, deve ser feita por um profissional especializado, e não pela família.

Em casos de descontrole, agressividade, surtos ou outros, sempre é importante tentar conter o paciente fisicamente, primeiro. Com a técnica adequada, claro!

As boas clínicas de internamento sabem disso. Os bons profissionais sabem disso. A cultura do tratamento em saúde mental sabe disso (os famosos grupos de 8).

Quando há a necessidade de contenção e internamento, existem serviços de remoção especializados que suprem essa necessidade, da forma adequada.

Medicação, a priori, é para tratamento e não para contenção.

Medicação não é para ser administrada por familiares, muito menos de forma escondida.

Você que está sempre estudando e sabe dos riscos, já ouviu alguma história dessas? Conte pra gente nos comentários.

Erro 9: “Acredito na prevenção… vou dar palestras voluntárias em escolas”

Não!! Erradíssimo!!

Todas as pesquisas sobre o que funciona e o que não funciona na prevenção já mostraram que palestras (métodos não-interativos) não funcionam!

Eu sei que praticamente todos os profissionais pensam em palestras quando se fala em fazer prevenção na escola, mas isso é falta de atualização.

Por mais que a “intuição” de algumas pessoas fale: “que mal pode fazer?!”, existe uma ciência da prevenção ao uso de drogas.

Muitas pesquisas realizadas ao redor do mundo, que apontam para o que dá e o que não dá resultado para prevenir o uso de droga.

E palestra é uma das coisas que não dá resultado. Pior! Inclusive pode gerar o resultado contrário, o que seria gravíssimo!

A propósito, o Marcos assistiu a muitas palestras de prevenção ao uso de drogas na escola dele.

Conclusão – Pra gravar no HD!

Erros bem feios, né!?

Mas o que dá esperança é que o Marcos passou por todos eles e conseguiu se ver livre no final.

Com o modelo certo, as coisas ficam mais lógicas e o sucesso é bem mais provável!

Neste post você descobriu alguns erros bem graves que profissionais desatualizados seguem fazendo e prejudicando muitos pacientes.

Alguns desses profissionais continuam cometendo esses erros sem saber que estão errando. A intenção deles é a melhor.

E só tem uma forma de resolver de vez isso. Com muita informação de qualidade e capacitação de primeira.

Esses erros nunca mais serão cometidos pelos profissionais mais atualizados!

Vamos trabalhar duro nos nossos cursos para entrar a fundo em todos os temas que vão te levar a fazer a diferença no tratamento de dependentes e seus familiares.

Você vai passar longe dessas dúvidas e inseguranças, porque vai ter o que há de científico no tema e não pseudo-científico.

Mas não adianta só ter a teoria na cabeça. Assim como as palestras de prevenção podem parecer uma boa ideia pra quem está desatualizado. Ficar só na teoria pode não dar nenhum resultado.

Por isso é importante a mão na massa! Aprenda na prática também, sempre estudando, fazendo sua terapia e supervisão.

E se você entendeu bem a importância de ter um time alinhado para ter resultados de verdade no tratamento, fale comigo ou com o Nicácio, pois estamos criando este grupo aqui em Curitiba pra nos ajudar a suprir a toda essa demanda.

Se você gostou desse texto, deixe um comentário. Vou adorar saber! 🙂

TAGS:

Hey,

o que você achou deste conteúdo? Conte nos comentários.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2 Replies to “9 erros que os profissionais mais cometem com dependência química”

Avatar
Susi

Interessantissimo

Avatar
João Gretzitz

Excelente trabalho! Importante orientação para profissionais da área famílias que enfrentam os problemas decorrentes da DQ.